Ultimo dia na terra tropical (sniff!). Quase perdemos o avião...

Dia agitado! Acordamos cedo e fomos pegar o trenzão, pois o Marcelo ainda não tinha visto meu pai, e se não for ver o sogro... aguenta! hehe...

Vi novamente a Kinha, e também consegui ver a minha prima Ester. Fiquei admirada ao vê-la como já está um mulherão! Afinal, passamos nossa infância juntas, então lembro da gente pulando das escadas, jogando taco na rua, video-game, etc...

Eu e a Ester

Tudo muito rápido, oi aqui e oi ali, hora de dar tchau para o paizão e partir...

Chegando na Sandra fui fazer as malas que estava daquele jeito... Passei a tarde arrumando tudo e torcendo para não ter esquecido nada.

Depois fui na farmácia comprar meus remédios e a chuva começa... nossa! Não temos trégua!

Voltando para tomar banho e se arrumar para ir ao aeroporto, a Sandra (sogrinha linda! =), foi comprar as coisictchas que a norinha queria levar e o chato do marido disse que não tinhamos tempo de comprar (ainda mais com a chuva!).

Caindo o mundo lá fora, a sogrinha foi ao mercado e comprou meu Neston, Toddy, bombons, chá Mate, pão de queijo,... Enfiei tudo na mala e fui mais tranquila para o aeroporto. (Acabei me esquecendo de várias coisas que eu queria levar e não lembrei, como: farofa temperada, fubá, polvilho, sabonete coloridos, farinha de rosca, etc... mas ainda bem que são coisas que tem no bairro português, o problema mesmo é ir até la!)

No aeroporto começou a tristeza. Despachamos as malas e a moça falou para irmos direto para a fila, pois esta, estava grande. Não dando ouvidos, fomos primeiro comer...

Toronto - Embarque imediato!

Marcelo fazendo graça com as sisters...

Lindas! Vou morrer de saudade!

Todos comendo tranquilamente...

A choradeira começou... e até entrarmos totalmente na outra área do aeroporto que só tem acesso quem vai entrar no avião, todos estavam lá, nos acompanhando na fila e conversando com a gente até o ultimo minuto e em especial a Kira (que me deixou bem triste, pois ela não parava de chorar e eu idem!). Foi o mesmo sentimento de quando imigramos... horrível! O problema é que nunca sabemos quando veremos todos novamente...

A despedida...

... e a cara de choro!

Mas quem aguenta? Haja coração...

Nossos amores! Saudades mil...

Até a próxima e espero que seja em breve!

Quando entramos para passarmos pelos detectores de metais, a fila estava enorme e nem lembrávamos que tínhamos que passar por tudo aquilo ainda... Faltava alguns minutos para o nosso vôo e então perguntei para um moço que trabalhava lá, sobre o que poderíamos fazer. Ele nos mostrou um outro moço da Air Canada que começou a gritar com a gente, dizendo que ele estava chamando a horas e que a gente ia perder o vôo, que não tinha o que fazer...

Estava super nervosa, mas respirei fundo e perguntei o que poderíamos fazer para isso não acontecer (afinal, ele estava com um walk-talk e poderia comunicar o avião). Ele disse pra gente correr, e repetia que íamos perder o vôo. Peguei no braço do Marcelo e fui arrastando ele para passarmos na frente de todos em uma fila gigantesca, pois ainda tínhamos que mostrar nossos passaportes. Desesperada, pedi para uma familia deixar a gente passar na frente e expliquei a situação. Blz! Nada como falar português! Passamos! Mas o setor em que o nosso avião ia sair era simplesmente no fim de um corredor enormeeeeeeeeee... Pernas pra quem te queira! Correeeeeeeeeeee... Corri tanto que as minhas vistas escureceram e quase desmaiei. Respirei fundo e pensei: desmaio dentro do avião, mas não aqui! hehe... (agora faço piada!)

Conseguimos! Mostramos os nossos passaportes, entramos e fecharam as portas. Estava com falta de ar e uma das aeromoças disse para eu manter a calma e respirar. Só Deus sabe! Total desespero! Se perdessemos o vôo por tão pouco tempo, a quantia gasta seria bem significativa para nós, pobre mortais e trabalhadores assalariados!

Sentei, coloquei o cinto e comecei a chorar de nervoso.

Depois de uns 10 minutos, já no ar, me acalmei, mas agora meu nervosismo era outro: Turbulência! Devido as chuvas fortes, o avião chacoalhava! Não estou exagerando não! Pra quem já andou neste tipo de boing e em um teco-teco, sabe bem a diferença! Quando estamos no ar, geralmente quase não se sente nada em um boing destes, pois ele é bem grande e estável, mas desta vez, minha mão suava...

Depois de quase uma hora, a turbulência passou e finalmente puderam servir o jantar (já era mais de meia-noite).

No restante do percurso o vôo foi tranquilo e até mesmo rápido! Nem senti que ficamos tanto tempo no avião.

De volta a realidade: Frio!!!! Bruuuummmmm...