sábado, 24 de abril de 2010

As aventuras de uma calopsita...

Estava eu sozinha em casa, pois o Marcelo tinha ido no parque das Mil Ilhas com o pessoal. Eu resolvi não ir e fazer companhia para o calops. Hehehe...

Pensei comigo, um dia bonito desse porque não fazer um pique-nique eu e o Baby???

Arrumei minha malinha com toalha e comida e là fomos nos rumo ao parque Clunny, perto de casa. Eu e o Baby na caixinha cantando...

Chegando procurei uma àrea segura e arrumei tudo. Coloquei o Baby no ombro e ele tava quetinho aproveitando o sol...

Algumas criancinhas curiosas e pais curiosos foram perto para ve-lo. Uma garota perguntou: “Ele não vai voar?” e eu toda segura respondi que as asas estavam cortadas.

Ficamos là, comemos, e quando dava um ventinho ele se escondia para perto do meu pescoco para se proteger e outras vezes eu o colocava na caixinha. Ele não gosta muito de vento e sei que em excesso faz mal para o bichinho.

Coloquei ele no meu dedo e fui me levantar para guardar as coisas, quando de repente veio um vento forte e ele comecou a gritar e a voar seguindo a corrente de vento...

Eu sai correndo atràs dele e deixei tudo no parque sem pensar duas vezes... Atravessei a rua e comecei a chama-lo pelo nome e ele me respondia com seus gritinhos assustado. Gritava Baby e ele Piuuuu.... até que desta forma consegui acha-lo em um galho no topo de uma àrvore. Ele foi parar em umas àrvores perto de um estacionamento de alguns prédios.

Graças a Deus ele responde pelo nome, então o primeiro problema estava resolvido: achà-lo! Agora faltava conseguir tira-lo da àrvore :P... Eu gritava e ele respondia, mas não se mexia da àrvore... Quando passava um ventinho o topete levantava e eu ficava com medo dele voar de novo...

Pessoas começaram a parar na rua para ver o que acontecia, afinal a loka aqui tava gritando Baby e olhando para cima de uma àrvore... seria um bebê??? Era o que o povo deveria pensar... quando viam o que era, ficavam por um tempo olhando e depois iam embora... até que apareceu uma senhorinha e ficou la comigo tentando me ajudar. Eu comecei a chorar, pois a cada minuto que ele ficava na àrvore via a carinha dele de sem vergonha, de quem estava curtindo a novidade e liberdade... ele ficava olhando com admiração o novo mundo e não ligava mais se eu gritava, assoviava ou coisa assim... Pra ajudar a senhorinha me fala que perdeu a calopsita dela desse jeito. Meu coração batia a mil...

O moço do apartamento da frente apareceu pra ver o que estava acontecendo e logo fui perguntando se ele tinha uma escada, pois a véia aqui não conseguia subir na àrvore...

A senhorinha teve a brilhante idéia de que eu ligasse para o 911 e então, pedi para eles ficarem de olho nele enquanto eu ia no parque pegar meu celular que estava jogado na grama. Muito ràpida, de volta, liguei para a policia e tentei explicar a situação aos prantos... o moço do outro lado da linha, disse que aquele numero nao servia para este tipo de ajuda. Mas quem nunca viu nos filmes um bombeiro salvando um gatinho da àrvore? Porque não um passarinho? Bom, ele ia desligar, mas eu insisti e ele me deu um outro numero.

Antes de ligar para este novo numero, insisti ao moço do apto se ele não tinha nada para subirmos na àrvore e ele foi buscar uma cadeira.

Eu ia subir, mas ele deve ter visto meu jeito véio de ser e ele mesmo foi gentil e subiu (ainda bem que era um moço novo!). Assim que ele conseguiu subir adivinhem o que o calops fez? Foi mais longe... Jesus! O moço quase desistindo de ficar ali e eu o motivando: “ tenta assobiar para ele...” e ele não sabia assobiar, mas até tentou... a senhorinha pegou a arvorezinha preferida dele de comer e pediu para o moço tentar dar pra ele, e o Baby nada...

Até que ela pensou em pegar uma toalha para jogar nele e ele cair... hummm... seria uma boa idéia? Jà tava desesperada e não sabia mais o que fazer, então dei minha blusa para o moço. Era uma blusa preta e o Baby morre de medo da cor preta. Quando o moço somente jogou a blusa de leve, ele foi logo correndo na direção dele para se proteger. O moço o pegou e o Baby foi salvo!

Foi o heròi do dia! Tanto pra mim, quanto pra senhorinha como para a filhinha dele que assistia tudo e achou o màximo ver o calops de pertinho.

Eu peguei o Baby, abracei a senhorinha e ambas comecamos a chorar... rsrsrs... acho que ela agradeceu mais o moço do que eu... rsrsrs...

O bichinho nem ofegante estava, pois quando ele fica assustado a respiração muda, mas desta vez, ele estava tranquilinho e voltou cantarolando dentro da caixinha, enquanto eu, nervosìssima, sem saber como agradecer a todos voltei pra casa com um alivio de não ter perdido o bichinho... Imaginem! O Marcelo me mata se eu perco o calops...! Neste caso nem divorcio resolveria... aff! Seria morte na certa! Hahahaha... Jesus! Ainda bem que deu tudo certo, mas sò vou contar para o maridinho o que aconteceu na hora certa senão a casa cai... kkkkkkkkkkkk...

OBS: Contei 3 dias depois, aproveitei o gancho, pois ele tinha feito alguma coisa de errado... rsrsrs...

2 comentários:

Jackie disse...

Piiiuuuuuuu, essa história é muito engraçada!!!
Qdo a gente tem um bichinho que faz parte da família a gente é capaz de muitas coisas... mesmo estando totalmente desesperadas!!!
Beijos e cuidado com o vento no rostinho do Baby!!!

Sandra Regina disse...

Que sufoco hein Val?!
Eu já estava ficando desesperada imaginando o pior. Graças a Deus que deu tudo certo né?

Serve de lição pra ficar mais atenta com ele.

Bjos